segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Dia a dia do meliponicultor "Alimentando as abelhas"

Pra quem realmente gosta das abelhas sem ferrão a lida (alimentação, limpeza, multiplicação) é uma terapia um privilégio. Vou contar um segredo para vocês tenho uma banqueta que fico sentado apenas observando, admirando cada uma das 9 especies que tenho.

 Nestas observações aprendo muito sobre as abelhas, por exemplo tenho algumas amarelas oriundas de criadores diferentes e observando elas percebi que cada caixa as abelhas são diferentes das outras, algumas caixas as abelhas são mais escuras em outras são mais claras, outra coisa que aprendi é que cada caixa tem uma "personalidade" diferente algumas mais calmas outras mais ariscas e por ai vai....

Uma boa oportunidade para aprender é durante a alimentação externa, é magico ver a movimentação delas recolhendo o alimento além é claro de estimular a postura da rainha.

Fiz uma postagem especial explicando a importância da alimentação externa que você pode ver AQUI


Esse vídeo foi feito em um desses momentos alimentando as beias espero que gostem



Técnica de manejo #5 "Abelhas Brigando e Agora?"

Esta em casa no fim de semana acordo bem  cedo, vou no quintal dar uma espreguiçada tudo em ordem fora o calor anormal (27°), minhas cachorras vem ao meu encontro querendo brincar, minha galinze começa a cacarejar já sabendo que sua porção matinal de milho não tarda a chegar, quando olho pras minhas abelhas um alvoroço e AGORA?, uma de minhas mandaçaias esta atacando minha uruçu amarela mais forte!!!!!
Em uma situação dessa o que fazer? deixamos elas resolverem? Tapamos a caixa?, gravei um vídeo para mostrar uma das técnicas que podemos usar em uma situação dessa, veremos como uma atitude bem simples pode nos ajudar na lida diária do meliponário.





domingo, 1 de fevereiro de 2015

A cera e toda sua importância para a formação dos enxames # Por Henrique Diaz (Riquinho)


Geralmente a cera é usada pelas abelhas na construção das células de crias, no caso ela não seja trabalhada pelo meliponicultor servida natural, a maior parte é usada pelas abelhas nos potes mel e de pólen. A cera processada, as abelhas usam na formação das células de crias a qual é a grande responsável pelo rápido desenvolvimento dos enxames novos e das matrizes, o que sempre falo que a cera fornecia aos enxames será o acelerador da evolução dos enxames, lógico que não só ela isolada fará milagre, mas é um dos pontos chave.

Para termos fazer uma relação, as abelhas Apís melífera gastam de 7 a 8 litros de mel para fazer um quilo de cera, um gasto muito grande de mel e energia, porque então não facilitarmos a vida das nossas melíponas. 
Pra quem esta começando agora costumo dizer da seguinte forma, que a cera para as abelhas são como tijolos na construção de uma casa, imagina se para construímos nossas casas tivéssemos que fazer os tijolos que seriam usados na construção. demoraria muito né? E quando pegamos os tijolos prontos aceleramos o processo, assim é para elas, as quais eu já forneço cera dentro da caixa para evitar ate mesmo o transporte, desta forma a evolução e o trabalho interno pode ser visto de um dia para o outro. Veremos na prática, o resultado. 
As fotos mostradas são de um enxame meu de boca de renda, em uma caixa INPA medida interna de 18x18 cm, com 10 cm de altura cada alça. Este é um enxame recém divido, as crias sendo posta e sobre elas não tendo o invólucro de cera e percebemos que a cera doada a caixa já foi trabalhada, então está na hora de doar mais cera. 


Fig. 1

No estado do ninho na Fig. 1,  devemos fazer da seguinte maneira, a cera é colocada sobre os discos deixando espaço para que os discos de  cria continue a subir, não atrapalhando o desenvolvimento do enxame Fig. 2.


Fig. 2

No dia seguinte abrindo a caixa para realizar a inspeção e para tratar dos enxames, já podemos ver o resultado da cera doada, na Fig.3


Fig. 3

As setas na Fig.3 podemos ver dois novos potes de mel já feitos da cera e parte da cera sendo usada como invólucro das crias. Provando ai à utilização da cera no processo rápido da evolução do enxame.

Fig. 4


Na fig.4, podemos ver o enxame recém divido com 38 dias,com os discos de cria chegando a tampa, dentro desses 38 dias elas fizeram 6 discos contendo entorno de 300 a 350 crias por disco.Podendo se dizer uma rápida evolução, a qual a cera tem um papel fundamental para o enxame, quando já doada internamente.

Obrigado ao amigo e meliponicultor Elison Costa, pela oportunidade de publicar no seu blog, onde estou podendo passar um pouco do que sei e do manejo o qual eu utilizo. Grato, obrigado mais uma vez!

Nota: Os agradecimentos são todos meus pela valiosa contribuição ao blog, recebida do amigo Henrique Dias (Riquinho), fique a vontade para mais contribuições.





sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Técnica de manejo #4 "Bombom de Pólen"

   Todo meliponicultor é responsável pelo bem estar de suas abelhas, sabemos que com o avanço da agricultura e da urbanização desenfreada, as matas e consequentemente as flores vem desparecendo em um ritmo assustador, graças a falta de florada nós meliponicultores temos o dever de suprir as necessidades de nossas abelhas e uma das principais é o pólen que para as abelhas é o alimento proteico.
   O pólen é a parte masculina da flor que é coletado pelas abelhas, dentro do ninho das melíponas este pólen passa por um processo de fermentação e após este processo ele é usado na alimentação das crias, das próprias abelhas e da rainha, a falta deste alimento acarreta em uma deficiência nutricional onde as abelhas ficam menores, quando da eclosão do casulo da célula de cria, diminuição ou interrupção da postura da rainha e a médio prazo a decadência do enxame.
   Para evitar todos estes problemas principalmente em meliponarios urbanos onde a oferta de pólen é pequena a suplementação de se faz necessária, mas ai temos um problema o cheiro do pólen atrai o famigerado forídeo, foi pensando em uma solução que o pesquisador português Cappas desenvolveu este manejo para ajudar a evitar a infestação de forídeos e a possibilidade de que o polem na forma de bombom seja guardado na geladeira durante um certo período já que no bombom o pólen fica encapsulado em cera de abelha e não tem contato com o ar ambiente.

Acompanhe o vídeo passo a passo do preparo do bombom de pólen o bombom do cappas!!!!





Amigo meliponicultor segue os links para as outras técnicas de manejo espero que gostem!!!









sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Abelhas do meliponario #3 Uruçu Nordestina

      

Uruçu Nordestina






     



    Abelha do litoral baiano e nordestino a uruçu se destaca de outras abelhas da região pelo seu porte avantajado, grande produção de mel e pela facilidade de manejo. A palavra uruçu deriva do tupi "eiru'su", que nessa língua indígena significa "abelha grande". O mel dessas abelhas é muito saboroso em épocas de boa florada, criada racionalmente a uruçu pode produzir até 10 litros/colônia/ano, sendo que em condições naturais a média de produção é de 2,5-3 litros/ano.
     Estudos realizados em Pernambuco (Almeida 1974) mostraram o relacionamento da uruçu com a mata úmida, que apresenta as condições ideais para as abelhas construírem seus ninhos, além de encontrarem, em árvores de grande porte, espécies com floradas muito abundantes que são seus principais recursos tróficos e locais de nidificação.
    Apesar de ser endêmica da região citada, essa abelha vem sendo criada e com bons resultados por meliponicultores de outros estados como São Paulo e Paraná. 

































Ninho em inicio de formação
       As colônias dessas abelhas são formadas por uma rainha cuja função é botar ovos, centenas de operárias que realizam todas as tarefas do ninho, e em certas épocas do ano por machos cuja função é a de fecundar as novas rainhas (rainhas virgens).Os ninhos têm entrada típica, sempre com abertura no centro de raias de barro convergentes, sendo que também podemos encontrar ninhos cujas raias de barro são elevadas e formam uma coroa, freqüentemente voltada para baixo. Essa entrada, que dá passagem para as abelhas, é guardada por uma única operária.
    A uruçu tem um temperamento muito dócil, podendo ser manejada até mesmo por crianças. Porém, essa espécie vem desaparecendo do seu habitat natural desde a chegada dos portugueses ao Brasil e cada ano vê seu local de origem, a Mata Atlântica, ser destruída.

Matriz com disco de 18 cm de Diâmetro
A caixa para criação tem medidas internas de 20 x 20, pode ser criada uma ao lado da outra sem maiores problemas, não raro vemos abelhas de uma caixa entrando em outra na mais perfeita comunidade,quando é atacada por outras abelhas ela gruda em sua inimiga impedindo a intrusa de voar, infelizmente após grudarem não é possível separa las, podem chegar a decepar parte de sua inimiga com suas fortes mandíbulas,.... não faz realeira, naturalmente nasce princesas virgens facilitando as multiplicações.
  


Principais características

  • Facilmente encontrada em criadores
  • Manejo muito simples
  • Produz uma razoável quantidade de mel
  • Não necessita de realeira para multiplicação
  • Excelente polinizadora
  • Muito dócil
  • Entrada com raias de barro
  • População Alta

Macho de uruçu nordestina
Princesa



Plantas visitadas por Uruçu Nordestina


Uruçu na flor de Astrapéia
  • Astrapeia
  • Ora-Pro-Nobes
  • Assa Peixe
  • Pitangueira
  • Goiabeira
  • Girasol
  • Mutre
  • Ipê de jardim
Literatura


Diferença de cor entre uruçu's nordestina da chapada(Mais clara) do litoral
Foto: Klecio Silva




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

5º Seminário de Meliponicultura de Franca # Video 3

     Encerrando a serie de postagens sobre o 5º Seminário de Meliponicultura de Franca-SP, trago a vocês amigos meliponicultores não um mas três videos da palestra do amigo Jose mauro souza o "Maurinho" uma pessoa incrível, de um coração enorme e com conhecimento espetacular.
      Tenho certeza que vocês vão adorar a forma simples e irreverente com que o palestrante transmite seu conhecimento!!!!











E pra quem perdeu as outras postagens segue link logo abaixo!!!

5º Seminário de Meliponicultura de Franca # Evento

5º Seminário de Meliponicultura de Franca # Video

5º Seminário de Meliponicultura de Franca # Vídeo 2




domingo, 11 de janeiro de 2015

5º Seminário de Meliponicultura de Franca # Video 2

    Trecho da palestra ministrada pela DRa. Leticia Mariano com tema "Suscetibilidade das abelhas sem Ferrão aos agrotóxicos".
    A palestra causou um questionamento, o IBMA quando analisa o efeito de uma substancia "agrotóxico" faz a analise em cima da abelha do genero APIS, e no estudo conduzido pela DRa, as Abelhas nativas se mostraram mais suscetíveis a varias substancias, ou seja o que é seguro para as APIS não é seguro para as abelhas sem ferrão e o IBAMA que tem o dever de proteger nossas abelhas cada dia mais vira as costas para elas em detrimento da agricultura moderna que contamina tudo e todos com seus "defensivos"






E pra quem perdeu as outras postagens segue link logo abaixo!!!







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