sexta-feira, 21 de março de 2014

Técnica de manejo #2 Mudança de Local

     Muitos meliponarios estão instalados na zona urbana, por vários motivos é necessário mudar uma caixa de lugar, nesta hora o meliponicultor passa por mal bocado já que o correto é levar a caixa para bem longe, mais longe que o raio de voo da especie que ele quer mudar, e aguardar no minimo 30 dias.... Até multiplicações são inviáveis se você não tiver um local mais afastado, alguns falam em 10, 15, 20 metros dependendo da espécie, ai fica a pergunta todo mundo tem esse espaço disponível ?


Meliponario Nativas Brasil


Caixa de uruçu (scuttelaris) com tela na entrada
    Eis uma técnica que vai possibilitar fazer uma mudança de local  sem precisar retirar a caixa de seu meliponario, com a mesma técnica em uma multiplicação você pode pegar campeiras de uma caixa colocar na caixa ao lado e elas não vão voltar nem saquear, é muito simples o que você vai precisar é de uma tela de ferro, pode ser aqueles ralinhos de pia, um grampeador ou fita crepe, basta  fechar a caixa que você quer mudar de local por 3 a 4 dias, desta forma é gera um stress passageiro no enxame, quando soltas elas fazem um novo voo de reconhecimento e não voltam mais para o antigo local de origem.
   No caso de multiplicação não ocorre saque pois pelo tempo que ficaram fechadas elas perdem o feromona real, depois de aberta mesmo uma de suas irmas não serão reconhecidas pois estas possuem o feromona real. Essa técnica também da tempo para que as abelhas organizem a casa minimizando ataque de forídeos e outros predadores.
    Testei esta técnica de mudança de local com  jatai´s e mandaçaias em multiplicação usei em uruçu e mandaçaia,  nenhuma das ocasiões as abelhas voltaram.

Caixa mais clara doou campeiras, sem saque "no problem"
*A entrada da caixa tem que ser fechada com algo que permita a entrada e saída de ar, não pode ser fechada por completo com pena de matar as abelhas.
* É muito importante que a caixa tenha reserva de alimento, no caso de uma multiplicação o meliponicultor tem que alimentar internamente.

domingo, 16 de março de 2014

Árvores Brasileiras

    Compartilho com os amigos estes excelentes livros, quem nunca quis identificar uma árvore onde as nossas abelhas visitam suas flores?
    Todo meliponicultor tem como dever plantar arvores, segue guia de arvores nativas com identificação, época de florescimento, método de plantio etc. São 3 volumes com muitas fotos e informações da flora brasileira + Um volume com as Arvores exóticas normalmente encontradas no Brasil.
    Para abrir basta clicar no nome abaixo das fotos. Boa leitura


















Padronizando

     Com o intuito de facilitar o manejo, todas minhas caixas terão uma medida padrão.
     Estou usando para mandaçaias 15x15x7,5cm, uruçu 20x20x10 interno e Uruçu amarela  18x18x10, todas modelo IMPA  com 2,5cm de espessura em pinus, com separadores entre as alças.
     A principio tive muita dificuldade em cortar a madeira e as primeiras caixas ficaram fora de padrão, resolvi este problema comprando uma taboa de Pinus com 30 cm de largura e pedi para cortar quatro sarrafos de 7,5 cm depois foi só marcar e cortar a peças para montar a caixa.
Peças já cortadas
   Apos todas montadas passei duas generosas demãos de verniz natural, com um dia de secagem entre as demãos...



    Próximo passo foi colocar os separadores nas alças, feitos de chapas de PS de 0,5cm de espessura, encontradas em lojas de materiais para comunicação visual.



    O fundo é uma peça simples com a dimensão exata da caixa, os pezinhos fiz com madeirinha para faixa, também comprado em loja de materiais para comunicação visual.

Madeirinha para faixa e fundo cortado 
Fundo já com os pezinhos, e aplicado o verniz natural


Aqui caixa já abitada


Dicas
* Compre a taboa e peça para cortar na medida que você precisa 7,5 cm, 10 cm ....
*Aplique o  verniz natural com prazo de um dia entre as demãos, de dois dias de secagem no minimo para povoar a caixa, se este prazo não for respeitado você pode matar suas abelhas intoxicadas com o álcool que ainda esta na madeira evaporando.
*Para fazer separadores use o Material conhecido com "PS" ele é vendido em chapas, é encontrado em lojas de materiais para comunicação visual, custa em minha cidade R$ 16,00 a chapa 2m x 1m x 0,5cm.
*Para os pezinhos use madeirinhas para faixa, vendidas em lojas de materiais para comunicação visual , custa em minha cidade R$12,00 o fardo com 50 madeirinhas com 80 cm cada uma.









quinta-feira, 6 de março de 2014

Visita

   Dia 02/03/214 recebi a a visita de um grande amigo Luiz Sergio, do meliponario Nativas Brasil, Graças ao amigo sou meliponicultor hoje, adquiri em seu meliponario minha primeira melípona uma Mandaçaia.
    Foi uma tarde muito boa de muito aprendizado, gosto de receber e fazer visitas, sempre temos situações e técnicas a compartilhar.


Eu de azul e o Mestre Luiz e a minha parceirinha Mary ao lado da Rufventris 

    Para o seminário deste ano aqui na cidade de Franca estou planejando um encontro de amigos, reunindo só a nata da meliponicultura aqui no Meliponário Três Colinas.

terça-feira, 4 de março de 2014

Teste em pote de barro com Mandaçaia (MQA)

   Diferente do gênero Apis que possui padrões de Caixas já estabelecidos, a meliponicultura moderna ainda esta em faze de padronização, temos uma infinidade de modelos de caixas, com tamanhos e formas diferentes, entre eles os mais usados são modelo nordestino, Pnn, INPA e caixas rusticas, dos mais diversos materiais entre eles madeira, cimento aerado, isopor, cimento + serragem e também argila, cada qual com seu ponto positivo e negativo.

Caixa INPA de cimento



    Dentro deste contesto, resolvi fazer alguns testes com potes de barro que encontrei em um lixão(clandestino) próximo de casa. Os potes são restos de filtros de água, resolvi  usar a especie mandaçaia(MQA) que é a especie que tenho em maior quantidade aqui no Meliponário Três Colinas.

Usei  a parte de baixo, já com o furo da torneira


    O primeiro passo foi lavar bem o pote e confeccionar uma tampa de madeira que encaixasse o mais justo possível, feito isso passei duas mãos de estrato de geoprópolis no interior do pote, assim foi o pré- preparo.

Dia 0- (02/01/2014)- Divisão realizada com dois discos nascentes da Matriz C, com doação de campeiras da Matriz A e 4 potes artificiais de cera.

Destaque para os potes artificiais



 Dia 15-(17/01/2014)- Inicio de postura

Postura bem novinha



Dia 43-(24/02/2014)- Enxame entrando em equilíbrio, alimentação 2X na Semana, 1 interna e outra externa, bombom de polem no 30° dia pós divisão.
 Cera bem trabalhada razoável reserva de alimento



Considerações:
    Tudo indo muito bem o único porém é que o barro puxa muita umidade, mesmo não estando recebendo chuva diretamente.


Mandaçaia "secando" o pote


    Bastante barro na entrada, bom estoque de mel e pólen, não vejo dificuldade em multiplicações futuras  que as abelhas fazem os potes grudados nas laterais do pote de barro.. 




    Não da para tirar uma conclusão ainda, creio que a maior diferença entre a madeira e o barro vai ser em época de frio, aqui em franca nos meses de maio, junho e inicio de julho.

Atualizarei assim que possível.
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